Quilonova: Hubble revela um novo evento cósmico
Esta sequência ilustra o modelo da quilonova para a formação de uma explosão de
raios gama de curta duração.
1. Um par de estrelas de nêutrons em um sistema
binário entra em espiral.
2. Nos milésimos de segundo finais, conforme os
dois objetos se fundem, eles expulsam material altamente radioativo. Este
material se aquece e expande, emitindo uma explosão de luz chamada
quilonova.
3. A bola de fogo bloqueia a luz visível, mas irradia em luz
infravermelha.
4. Um disco remanescente de resíduos envolve o objeto
resultante da fusão, que pode ter entrado em colapso para formar um buraco
negro.[Imagem: NASA/ESA/A. Feild(STScI)]
Quilonova
O Telescópio Espacial Hubble detectou um novo tipo de explosão estelar. Batizada de quilonova, a explosão acontece quando um par de objetos compactos
e muito densos, como estrelas de nêutrons, se chocam. O Hubble captou a bola de fogo se apagando depois de uma breve explosão de
raios gama (GRB), em uma galáxia a quase 4 bilhões de anos-luz da Terra. Esta observação finalmente resolve o mistério das explosões de raios gama
curtos," disse Nial Tanvir, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que
liderou a equipe que analisou os dados.
Explosões curtas e longas
Explosões de raios gama são flashes de radiação de alta energia que aparecem
de direções aleatórias no espaço. Elas vêm em dois sabores - longas e
curtas. Já é bem aceito pela comunidade astronômica que as GRBs longas são produzidas
pelo colapso de estrelas muito grandes.
As rajadas curtas, no entanto, permaneciam um mistério.
"Nós tínhamos apenas provas circunstanciais fracas de que as rajadas curtas
[poderiam ser] produzidas pela fusão de objetos compactos," explica Tanvir.
"Este resultado agora parece ser a prova definitiva." Segundo os novos dados, as emissões de raios gama de curta duração são
produzidas quando um par de estrelas de nêutrons superdensas em um sistema
binário entra em espiral, finalmente colidindo.
Nos milissegundos finais antes da explosão, as duas estrelas se fundem,
ejetando material altamente radioativo. Esse material se aquece e se expande,
emitindo um clarão de luz - a GRB curta. O resultado da quilonova - e o que explica seu nome - é cerca de 1.000 vezes
mais brilhante do que uma nova comum, que é causada pela erupção de uma anã
branca.
Fonte: Inovação Tecnológica
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