Anéis sobre anéis
Essa imagem feita pelo
Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA e ESA revela uma galáxia
espiral conhecida como Messier 95, ou M95 e também como NGC 3351. Essa galáxia
está localizada a cerca de 35 milhões de anos-luz de distância da Terra, na
constelação de Leão. Esse redemoinho em espiral foi descoberto pelo astrônomo
Pierre Méchain em 1781, e catalogado pelo astrônomo Charles Messier apenas 4
dias depois. Messier primeiramente era um caçador de cometas, e ele ficava
muito frustrado com frequência quando descobria um objeto no céu que lembrava
um cometa mas depois ele via que não era.
Para ajudar outros astrônomos a
evitarem a confusão ele então criou o seu famoso Catálogo de Objetos Messier. A M95 definitivamente não é
um cometa, ela é na verdade uma galáxia espiral barrada. A galáxia tem uma
barra cortando o seu centro, circundada por um anel interno de estrelas que
estão atualmente se formando. A nossa galáxia, a Via Láctea também é
classificada como uma galáxia espiral barrada. Além de abrigar esse berçário
estelar, a Messier 95 é conhecida por abrigar também dramáticas supernovas, ou
seja, o fim explosivo de estrelas com grande massa.
Em Março de 2016, uma
supernova espetacular conhecida como SN 2012aw foi observada nas regiões
externas dos braços espirais da M95. Quando a luz da supernova apagou, os
astrônomos foram capazes de comparar observações da região feitas antes e
depois da explosão e descobriram que a estrela tinha desaparecido. Nesse caso,
a estrela era uma estrela do tipo supergigante vermelha, com nada mais, nada
menos que 26 vezes a massa do Sol. Provavelmente, o que eles presenciaram foi o
nascimento de um buraco negro.
Crédito: ESA/Hubble & NASA
Fonte: spacetelescope.org
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