VLA faz primeira imagem direta das poderosas galáxias de radio
Impressão
de artista do objeto poeirento, em forma de donut, em redor do buraco negro
supermassivo, do disco de material que orbita o buraco negro, e dos jatos de
material ejetados pelo disco no centro de uma galáxia. ver
versão sem Crédito: Bill Saxton, NRAO/AUI/NSF
Os
astrónomos usaram o VLA ( Karl G. Jansky Very Large Array ) da NSF ( National
Science Foundation ) para fazer a primeira imagem direta de uma característica
empoeirada, com a forma de um donut, em torno de um buraco negro supermassivo
no núcleo de uma das mais poderosas galáxias rádio do Universo - uma
característica pela primeira vez postulada pelos teóricos há quase quatro
décadas como parte essencial de tais objetos. Os cientistas estudaram Cygnus A,
uma galáxia a cerca de 760 milhões de anos - luz da Terra.
A
galáxia abriga um buraco negro no seu núcleo que é 2,5 mil milhões de vezes
mais massivo que o Sol. À medida que a poderosa atração gravitacional do buraco
negro atrai material circundante, também impulsiona jatos supervelozes de
material que viajam para fora quase à velocidade da luz, produzindo "
lóbulos " espetaculares e brilhantes de emissão rádio. Os " motores
centrais " movidos a buracos negros que produzem emissões brilhantes em
vários comprimentos de onda, e jatos que se estendem muito além da galáxia, são
comuns nestes " universo - ilha ", mas mostram propriedades
diferentes quando observados.
Essas
diferenças levaram a uma variedade de nomes, como quasares, blazares ou
galáxias Seyfert. Para explicar as diferenças, os teóricos construíram um
" modelo unificado " com um conjunto comum de características que
mostrariam propriedades diferentes dependendo do ângulo a partir do qual são
observados. O modelo unificado inclui o buraco negro central, um disco
giratório de material em queda e em redor do buraco negro e os jatos que se
deslocam para fora dos polos do disco.
Além
disso, para explicar por que o mesmo tipo de objeto parece diferente quando
visto de ângulos diferentes, é incluído um " toro " espesso,
empoeirado e em forma de donut, rodeando as regiões interiores. O toro
obscurece algumas características quando visto de lado, levando a diferenças
aparentes para o observador, mesmo para objetos intrinsecamente similares. Os
astrónomos geralmente denominam este conjunto comum de características de
núcleo galáctico ativo ( NGA ).
"
O toro é uma parte essencial do fenómeno dos NGAs e existem evidências de tais
estruturas em NGAs próximos e de baixa luminosidade, mas nunca antes tínhamos
visto um, diretamente, numa galáxia rádio tão brilhante, " disse Chris
Carilli, do NRAO ( National Radio Astronomy Observatory ). " O toro ajuda
a explicar porque objetos conhecidos por nomes diferentes são, na verdade, a
mesma coisa, apenas observados de uma perspetiva diferente, " acrescentou.
Na década de 1950, os astrónomos descobriram objetos que emitiam fortes ondas
de rádio, mas pareciam pontuais, semelhantes a estrelas distantes, quando mais
tarde observados com telescópios óticos. Em 1963, Maarten Schmidt, do Caltech,
descobriu que um destes objetos era extremamente distante, e outras descobertas
rapidamente se seguiram.
Fonte: Phys.org
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