Descobertos três novos modos de detectar ondas gravitacionais
A fusão de estrelas de nêutrons
e de buracos negros gera ondas gravitacionais que podem ser detectadas Universo
afora.[Imagem: Karan Jani/Georgia Tech]
Como detectar ondas
gravitacionais
As
ondas gravitacionais podem ser detectadas por pelo menos outros três
mecanismos, diferentes dos usados até agora pelos laboratórios LIGO e Virgo, e
que valeram o Nobel de Física de 2017. As
primeiras ondas gravitacionais foram detectadas em Setembro de 2015 e, apesar
de terem sido lançadas dúvidas sobre a análise dos dados pelo consórcio
LIGO-Virgo, o feito despertou o interesse em um assunto sobre o qual pouco se
falava desde a previsão da existência do fenômeno, feita por Albert Einstein há
mais de cem anos.
Esse
interesse levou Éanna Flanagan e colegas da Universidade de Cornell, nos EUA, a
revisar o arcabouço matemático usado para descrever os efeitos observáveis
gerados pelas ondas gravitacionais, conhecidos como "efeitos
persistentes. O
trabalho resultou, mais do que em um aprimoramento da base matemática, na
previsão de três novas assinaturas das ondas gravitacionais, fenômenos de vida
longa que poderão ser observados com instrumentos adequados.
Efeitos observáveis
persistentes
A
estrutura desenvolvida pela equipe conecta efeitos concebivelmente mensuráveis
à curvatura do espaço-tempo causada por colisões de buracos negros. Embora
as colisões por si mesmas sejam fenômenos transitórios, as ondas gravitacionais
distorcem a forma do espaço-tempo, alterando as posições relativas,
velocidades, acelerações e trajetórias de objetos físicos em seus caminhos. Esses
objetos não retornam às suas configurações originais depois que as ondas
passam, criando um efeito "persistente" que pode potencialmente ser
medido.
A
nova estrutura matemática explica os observáveis persistentes já conhecidos basicamente a mudança nas posições relativas dos espelhos do LIGO-Virgo - e
também prevê três novos observáveis. Os
novos efeitos são: Mudanças nas medições de tempo por relógios atômicos em
diferentes locais, mudanças na taxa de rotação de uma partícula giratória e um
terceiro efeito que codifica os demais observáveis persistentes (deslocamento,
velocidade, tempo e rotação) em um único vetor, o que os pesquisadores chamaram
de "holonomia generalizada".
O
pequeno número de colisões de buracos negros detectados até agora pelos
observatórios LIGO e Virgo é insuficiente para fornecer os dados cumulativos
necessários para detectar os novos observáveis persistentes, mas a taxa de
detecção deverá aumentar com o aprimoramento dos sensores. Além
disso, a detecção dos três observáveis recém-identificados exigirá a construção
de novos tipos de sensores e, possivelmente, de novos observatórios.
Fonte: Inovação Tecnológica
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!