Novo retrato de Júpiter, pelo Hubble
Esta
nova imagem de Júpiter, pelo Telescópio Espacial Hubble, foi obtida no dia 27
de junho e revela a famosa Grande Mancha Vermelha do gigante e uma paleta de
cores mais intensa do que em anos anteriores. As cores e as suas mudanças da
sua atmosfera fornecem-nos pistas importantes dos processos em andamento. As
bandas são criadas por diferenças na espessura e altura das nuvens de gelo e
amónia. Percorrem direções opostas em várias latitudes e resultam de diferentes
pressões atmosféricas.
Bandas
mais leves sobem e têm nuvens mais espessas do que as bandas mais escuras. A
Grande Mancha Vermelhaé uma tempestade que gira na direção contrária à dos
ponteiros do relógio. É uma estrutura imponente em forma de bolo de casamento,
cuja camada superior alcança mais 5 km do que nuvens noutras áreas. Tem um
diâmetro ligeiramente maior que o da Terra e é um anticiclone que tem vindo a
diminuir lentamente de velocidade desde o século XIX. Ainda não sabemos porquê.
A
nova imagem foi obtida no visível como parte do programa OPAL (Outer Planets
Atmospheres Legacy), que visa fornecer vistas globais anuais, pelo Hubble, dos
planetas exteriores para procurar mudanças nas suas tempestades, ventos e
nuvens. O instrumento WFC3 (Wide Field Camera 3) observou Júpiter quando o
planeta estava a 646 milhões de quilómetros da Terra, perto da
"oposição", ou quase na direção oposta à do Sol no nosso céu.
Crédito: NASA, ESA, A. Simon (Centro de Voo Espacial Goddard) e
M.H. Wong (Universidade da Califórnia em Berkeley)
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