Apanhadas numa espiral
Há ainda outro segredo escondido nesta imagem que podemos ver se
olharmos com atenção para a região inferior direita: para lá desta dança
cósmica podemos ver também uma ténue mancha amarelada, a assinatura de uma
galáxia ultra-difusa (UDG, sigla do inglês). As galáxias ultra-difusas são
objetos tão grandes como a Via Láctea, mas com 100 a 1000 vezes menos estrelas.
Consequentemente, estas galáxias são extremamente ténues e falta-lhes gás para
formar estrelas, o que faz com que nos apareçam como pequenas manchas no céu
noturno. Esta galáxia, chamada UDG 32, trata-se de uma das galáxias mais ténues
e menos densas do enxame de Hydra I.
Esta imagem foi obtida no âmbito de um projeto muito maior, o rastreio
VEGAS (VST Early-type Galaxy Survey), cujo objetivo é investigar estruturas
muito ténues em enxames de galáxias — enormes grupos de galáxias ligadas entre
si pela gravidade. O estudo, liderado por Enrichetta Iodice do Istituto
Nazionale di Astrofisica em Itália, sugere que a UDG 32 pode ter-se formado a
partir de filamentos provenientes da NGC 3314a, no entanto são necessárias mais
observações para confirmar esta hipótese.
Crédito: ESO
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