Alerta: mancha solar dobra de tamanho em 24 horas e pode disparar partículas de radiação contra a Terra
Uma mancha solar denominada AR 3038 dobrou de tamanho entre domingo
(19) e segunda-feira (20) à noite. Agora, ela está virada para a Terra, o que
aumenta o risco de uma tempestade solar ejetar partículas carregadas de
radiação em direção ao nosso planeta.
Imagens captadas pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA mostram
como a mancha vem evoluindo. “A mancha solar de rápido crescimento dobrou de
tamanho em apenas 24 horas”, revelaram os especialistas do site
Spaceweather.com. “AR 3038 tem um campo magnético ‘beta-gama’ instável, que
abriga energia para erupções solares classe M”.
O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no
que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número indica os ciclos que
foram acompanhados de perto pelos cientistas. No auge dos ciclos solares, o Sol
tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de
energia.
As manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol que podem
emitir intensas rajadas de radiação quando “arrebentam”. Isso porque elas se
formam sobre áreas que têm fortes campos magnéticos, e, às vezes, esses campos
magnéticos emaranhados podem desencadear uma explosão.
De acordo com a classificação estabelecida internacionalmente, as
erupções solares M são o segundo tipo mais forte, dentro de uma escala
distribuída entre as categorias A,B,C, M,X (da mais fraca à mais poderosa
delas). Um sinalizador M9, o mais violento da classe M, tem o potencial de
causar um apagão de rádio com até 10 minutos de duração nas áreas atingidas
pela ejeção de massa coronal (CME) na Terra.
Além disso, se entrarem diretamente em contato com a esfera magnética
da Terra, as partículas carregadas de radiação, que são lançadas à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h,
também podem interferir no sinal GPS, impactando sistemas de comunicação e
navegação. “As partículas de uma CME também podem colidir com eletrônicos
cruciais a bordo de um satélite e interromper seus sistemas”, alerta a NASA, em
comunicado.
Outra consequência possível da colisão da massa coronal ejetada pelo
Sol com átomos da parte superior da atmosfera da Terra é a formação de
espetáculos de luzes coloridas conhecidos como auroras. Quando acontecem no
hemisfério norte, são chamadas de auroras boreais. No hemisfério sul, são as
auroras austrais.
Normalmente, após uma tempestade solar, demora alguns dias para as
partículas chegarem à Terra, quando direcionadas para o nosso planeta. No
entanto, o Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da Administração
Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) vem monitorando a mancha solar AR 3038
e, até agora, não foi emitido nenhum aviso.
Fonte: Olhar Digital
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