Telescópio Espacial James Webb captura a primeira fase da formação estelar em galáxias distantes
Graças
às primeiras imagens de aglomerados de galáxias do Telescópio Espacial James Webb,
os pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, examinar estruturas muito
compactas de aglomerados estelares dentro de galáxias, os chamados aglomerados.
Em um artigo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society,
pesquisadores da Universidade de Estocolmo estudaram a primeira fase da
formação de estrelas em galáxias distantes.
"Os
aglomerados de galáxias que examinamos são tão massivos que dobram os raios de
luz que passam pelo seu centro, como previsto por Einstein em 1915. E isso, por
sua vez, produz uma espécie de efeito de lupa: as imagens de galáxias de fundo
são ampliadas", explica Adélaïde Claeyssens, do Departamento de Astronomia
da Universidade de Estocolmo, uma das principais autoras do estudo.
O
efeito lupa, juntamente com a resolução do Telescópio Espacial James Webb,
possibilitou que os pesquisadores detectassem aglomerados estelares, estruturas
de galáxias muito compactas. Essas observações permitiram que os pesquisadores
estudassem a ligação entre a formação de aglomerados e a evolução e o
crescimento de galáxias alguns milhões de anos após o Big Bang de uma maneira
que não era possível antes.
"As
imagens do Telescópio Espacial James Webb mostram que agora podemos detectar
estruturas muito pequenas dentro de galáxias muito distantes e que podemos ver
esses aglomerados em muitas dessas galáxias. O telescópio é um divisor de águas
para todo o campo de pesquisa e nos ajuda a entender como as galáxias se formam
e evoluem", diz Angela Adamo, Oscar Klein Center, da Universidade de
Estocolmo, uma das principais autoras do estudo.
A
galáxia mais antiga estudada no artigo está tão longe que vemos como era há 13
bilhões de anos, quando o universo tinha apenas 680 milhões de anos.
Fonte: phys.org
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