Uma estrela de segunda geração muito rara descoberta nos arredores de nossa galáxia
As estrelas da primeira geração
transformaram o Universo ao fundirem hidrogênio e hélio em elementos mais
complexos. A recente descoberta de uma estrela de segunda geração em uma
galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães, ilumina a formação inicial dos
elementos em galáxias diferentes da Via Láctea.
A Grande Nuvem de Magalhães revela a evolução cósmica em infravermelho. Crédito: NASA/JPL
Inacessíveis à observação direta,
as estrelas da primeira geração (também chamadas estrelas de população III)
deixaram rastros na geração seguinte de estrelas. Anirudh Chiti, especialista
em arqueologia estelar, encontrou uma estrela de segunda geração, formada após
as primeiras estrelas, mas antes do acúmulo de elementos pesados.
Anirudh Chiti e sua equipe
exploraram a Grande Nuvem de Magalhães para rastrear essas estrelas antigas.
Utilizando o satélite Gaia e o telescópio Magellan, eles catalogaram dez
estrelas muito antigas, incluindo uma particularmente pobre em elementos pesados,
um sinal de sua formação após a primeira geração estelar.
Esta estrela singular apresenta
uma quantidade de carbono significativamente inferior em comparação ao ferro,
ao contrário das estrelas da Via Láctea, sugerindo processos de formação
diferentes. Isso coloca em dúvida a universalidade do enriquecimento em carbono
observado em nossa galáxia.
Esses resultados também mostram
que a Grande Nuvem de Magalhães formou muito menos estrelas em seus primórdios
do que a Via Láctea. Anirudh Chiti planeja mapear o céu austral para encontrar
mais dessas estrelas antigas, abrindo assim novas perspectivas em arqueologia
estelar.
Fonte: techno-science.net
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!